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O que fazer em Santiago no verão?

Atualizado: 11 de abr. de 2020

Em Janeiro de 2015, durante 10 dias estive no Chile para conhecer um pouco do que este país tem a oferecer. Visitei Santiago e algumas cidades litorâneas como Isla Negra, Valparaíso e Viña Del Mar. Aproveitei uma grande promoção de aéreo ida e volta da TAM. Na época paguei 950 reais por pessoa saindo de BH, já com taxas inclusas. Algo impossível de se imaginar, ainda mais se tratando de alta temporada, onde o aéreo para qualquer lugar nacional ou internacional é muito mais caro se compararmos a baixa temporada.


Bem, como foi numa época de verão, eu imaginei que não aproveitaria tanto como o destino é aproveitado no inverno. Eu estava certo em parte, pois o Valle Nevado, um dos principais lugares da região, não vale muito a pena ser visitado nesta época, apesar de também oferecer algumas atividades alternativas (sem ser de neve) no local. Porém, de fato esta viagem me surpreendeu bastante de forma positiva. Pude explorar um pouco do litoral chileno nas proximidades de Santiago, além de conhecer lugares que eu nunca imaginaria conhecer algum dia. Isla Negra, Viña Del Mar, o bairro Lastarria em Santiago, são apenas uma das grandes recordações que tenho deste destino onde há de tudo um bocado.


Neste post mostrarei através do roteiro que fiz como Santiago e seus arredores podem ser aproveitados no verão. Espero poder contribuir com dicas que te convençam a colocar o Chile nos seus planos de próximas viagens (risos).


No mais, tenha uma ótima leitura!


A primeira parte: Santiago


A alegria por estar realizando mais uma viagem e podendo conhecer um novo destino, se contrastava com a incógnita do que poderia ser minha experiência em Santiago. Ver a Cordilheira dos Andes praticamente sem gelo em muitas partes não foi nada animador pra quem tinha pelo menos um pingo bem remoto de esperança de que poderia encontrar algo um pouquinho melhor. O ícone que aparece em praticamente todos os cartões postais de Santiago dessa vez estava em sua maior parte marrom.



Mas, o ânimo e a empolgação de conhecer um novo destino involuntariamente supera qualquer ponto que imaginamos ser negativo ao escutar no avião "tripulación, aterrizaje autorizada!". Pra mim, essa frase é como uma largada dada em uma corrida!


Acompanhado da minha então namorada Christiane (atualmente esposa) e familiares, chegamos no aeroporto, pegamos um táxi até o Apart Urbano Bellas Artes, local onde ficamos hospedados. Em seguida já fomos caminhar pelas ruas no entorno do hotel, algo que costumo sempre fazer em minhas viagens assim que chego no destino. Como ficamos hospedados no centro, aproveitamos e fomos até a Plaza de Armas e visitamos os atrativos históricos-culturais nas proximidades. Um fato é que na grande maioria dos lugares pelo mundo, no centro é onde estão concentrados pelo menos 90% de seus monumentos históricos. Em Santiago não é diferente.



Veja que espetacular a vista da cobertura do prédio que ficamos hospedados no centro de Santiago. Cerro San Cristóbal e Cordilheira dos Andes ao fundo.



No dia seguinte fomos ao Cerro Santa Lúcia, um parque localizado também na área central onde é possível ter uma vista parcial da cidade e da Cordilheira dos Andes. Como é um local muito íngreme, infelizmente não é recomendado a pessoas com necessidades especiais. De lá fizemos uma parada no Mercado Central, onde almoçamos e passamos um bom tempo. Fundado em 1872 é um lugar indispensável para os apaixonados por frutos do mar e para aqueles interessados em mergulhar na cultura local. Além da comida, há quiosques e bancas que vendem produtos frescos e artesanato local.




No dia seguinte (terceiro dia) conhecemos o Cerro San Cristóbal e bairro Bellavista. O cerro é uma montanha de 880 metros, com muitas trilhas e árvores, além de boa infraestrutura com alguns quiosques, lojinhas de artesanato e atrações como o teleférico, passeio de mini-trem e um zoológico que abriga das mais variadas espécies de animais. Sem dúvidas um passeio indispensável em Santiago. Próximo ao cerro, no bairro Bellavista (Providencia) há ótimas opções de restaurantes e galerias como o próprio Mercado Central e o Pátio Bellavista. Neste bairro há também o Museu de Arte Contemporâneo e La Chascona, uma das casas que pertenceu a uma das mais famosas figuras chilenas: o escritor Pablo Neruda. Erguido em 1953 para sua terceira mulher, Matilde Urrutia, hoje o local abriga um museu com salas que recriam os antigos ambientes da casa. Entre seus atrativos, estão móveis e objetos da época e uma coleção de artigos africanos, adquiridos durante os anos em que o escritor se dedicou à carreira diplomática.






Neste mesmo dia, a noite fomos ao Shopping Parque Arauco, localizado em uma das partes mais nobres de Santiago, entre os bairros Las Condes e El Golf. Durante esta viagem fomos duas vezes a esta região da cidade. Possui diversas opções de bares e restaurantes. No shopping há lojas de grandes marcas famosas de roupas e acessórios. A facilidade que encontramos de transitar entre bairros é que além de funcionar muito bem, o metrô de Santiago te leva para qualquer lugar da cidade. E assim fomos para El Golf e Las Condes. Até para chegar na Vinícola Concha Y Toro localizada na região metropolitana, utilizamos o metrô em grande parte do trajeto até lá.




No quarto dia de viagem, fomos a vinícola do vinho mais famoso produzido no Chile: Concha Y Toro. Fundada em 1883, reconhecida mundialmente pela qualidade de seus vinhos, a empresa representa quase 40% do mercado interno chileno e 30% das exportações chilenas de vinho. 70% de suas vendas são para exportação para aproximadamente 110 países.



A noite fomos a primeira vez a uma pequena rua que nos conquistou de vez em Santiago: Lastarria. Tão próxima de onde estávamos hospedados, mas não havíamos dado conta do quão charmosa é, além disso com excelentes opções gastronômicas a oferecer.



Já no quinto dia e viagem decidimos ir as compras. Fomos ao Buenaventura Premium Outlet e outros outlets próximos como o Easton Outlet Mall. De um modo geral foi uma experiência razoável. Achávamos que iríamos encontrar mais produtos com preços realmente bons. Mas no final das contas deu para aproveitar algumas poucas ofertas. Neles você encontra roupas, calçados, acessórios e eletrônicos de diversas marcas e modelos. Um dica é tentar conseguir algum tempo para ir antes nas lojas do centro de Santiago e pesquisar os preços, para ver se realmente o que é oferecido nos outlets está valendo a pena.


A noite novamente fomos a um dos restaurantes da Lastarria.




Nosso último dia inteiro em Santiago (sexto dia de viagem) decidimos voltar em algum lugar que queríamos ter visitado com mais calma. Então fomos novamente a La Chascona e seus arredores, e a noite no bairro El Golf.



Não retornamos ao hotel muito tarde, pois no dia seguinte logo cedo iriamos nos aventurar pelo litoral e conhecer algumas pequenas cidades como Isla Negra, Valparaíso e Viña Del Mar, onde ficamos até o final da nossa viagem.


A segunda parte: Litoral


Em nosso sétimo dia de viagem, foi chegada a hora de irmos para o litoral chileno. Tinhamos uma reserva de 3 diárias em Viña Del Mar. Então resolvemos alugar um carro por dois dias a partir de Santiago. No trajeto aproveitamos para conhecer Isla Negra, onde o escritor Pablo Neruda tinha uma casa (a mais linda delas na minha opinião) que hoje abriga um museu em sua memória e um belo restaurante.



Chegamos no final da tarde em Viña Del Mar. Ficamos hospedados no Balia Casino, um hotel muito simples, porém muito bem localizado. Creio que o nome do hotel faz referência ao Casino de Viña Del Mar, localizado apenas 5 minutos de caminhada do hotel.


No primeiro dia em Viña Del Mar passeamos no entorno do hotel e fomos rapidamente até Reñaca, uma das praias mais badaladas da região.



Já no dia seguinte (oitavo dia de viagem), visitamos alguns pontos turísticos da cidade como o Relógio de Flores e o Castelo Wulff. A tarde tivemos a ousadia de ir a Praia (sim, praia!) e ainda encaramos um pouquinho o oceano Pacífico. Muitos me perguntam como é, e o que tenho a dizer é o seguinte: É como se você tivesse dentro de um grande balde de gelo derretido. É impressionante como a água é gelada. E cheio de água viva! O mais engraçado é que isso não intimidou de nenhum modo o tanto de argentinos que víamos a todo tempo se banhando e se divertindo nas águas do pacífico.


Em toda orla de Viña Del Mar há boas opções de restaurantes e bares. Durante toda a viagem boas opções gastronômicas definitivamente não faltaram. Em Viña Del Mar ficamos viciados na rede Bravíssimo. Apesar do forte deles ser o sorvete, na minha opinião, os hambúrgueres também dão um show!





No penúltimo dia de viagem, visitamos o Cerro Castillo, bairro histórico onde há mais alguns castelos em Viña Del Mar, como o Castelo Ross e o Castillo Brunet, ambos com arquitetura magnifica.


A tarde, fomos novamente a mais uma das praias da cidade (confesso que não lembro qual) que estava repleta de argentinos e o mar daquele jeito, bem gelado. A noite novamente buscamos alguma das diversas opções na Orla da cidade.




Por fim, no último dia não fizemos muita coisa. Apenas tomamos o café da manhã no hotel, fomos em algumas lojas perto de lá para comprar lembranças e em seguida despedimos desta que com certeza é um das mais belas cidades que visitei.

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